CASTRAÇÃO DE ANIMAIS

Castração de animais: questão de saúde pública

A grande proliferação descontrolada de cães e gatos nas ruas tem preocupado os órgãos públicos e a sociedade em todo país. Segundo a Sociedade Mundial de Proteção Animal - WSPA, uma única cadela, com vida reprodutiva de 6 anos, pode gerar 100 descendentes, enquanto uma gata em apenas 2 anos pode deixar 200, números que confirmam aumento assustador dessa população.

Segundo o Médico Veterinário Dr. Bruno Fernandes Pinho, uma das soluções para este problema é a castração, que não funciona somente para os animais de ruas, mas para os animais domésticos também. A castração consiste em uma cirurgia feita em cães e gatos, fêmeas e machos, para impedir a reprodução sem controle, além de trazer diversas vantagens, como diminuir as chances de desenvolver problemas de tumores e infecções nos órgãos reprodutivos do animal.

- Ainda hoje a castração é rodeada de mitos e preconceitos por alguns proprietários. A castração de animais domésticos é um ato de amor, de respeito e de cidadania. Uma gata ou cadela, e seus descendentes não castrados, podem ser responsáveis pela geração de milhares de novos animais num curto período de tempo. Infelizmente não existem lares responsáveis para todos. Com a castração, damos um passo importante para conter o ciclo de abandono de animais. Além disso, a saúde do animal será beneficiada - afirmou Dr. Bruno Pinho.

As vantagens da castração em relação ao macho são inúmeras, como: a diminuição das fugas, tornando o animal mais caseiro; a redução da demarcação do território com a urina fora do lugar; o controle da agressividade motivada por excitação sexual constante; a diminuição da incidência de tumores (câncer) testiculares e de doenças geneticamente transmissíveis como a epilepsia, a displasia coxofemoral e a catarata; o controle da população de animais, diminuindo o número de animais de rua.

Já nas fêmeas, a castração evita: os acasalamentos indesejáveis, principalmente quando se tem um casal de animais em casa; o câncer em glândulas mamárias, ovários ou útero na fase adulta; as doenças transmissíveis por ato sexual ou por mordida; a perpetuação de doenças geneticamente transmissíveis como epilepsia, displasia coxofemoral e catarata juvenil; a piometra, grave infecção uterina em fêmeas adultas; os episódios freqüentes de "gravidez psicológica" e suas conseqüências como infecção nas mamas; os cios e controla a população de animais, colaborando com a diminuição do número de animais de rua.