Em 2007, durante o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, as predições acerca das consequências do aquecimento global foram dramáticas. E hoje, dois anos depois, vozes respeitáveis levantam-se para declarar que o assunto é muito mais grave do que se pensa. No Polo Sul, o derretimento das geleiras, em um decênio, cresceu quase 80%. No fim deste ano, ocorrerá, na capital da Dinamarca, importante reunião política com autoridades de diversos países.
A situação é realmente inquietante.
Planeta Terra — a casa de todos
No início da década de 1990, em uma série que fiz para rádio e TV, denominada “O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração”, comentei que o presidente John Fitzgerald Kennedy (1917-1963), dos Estados Unidos, já pressentira tal panorama insensato provocado pelo desprezo ao nosso orbe, como se pode inferir de seu discurso proferido em 10 de junho de 1963, em Washington, D.C.:
— “(...) Não sejamos, pois, cegos quanto a nossas diferenças, mas dirijamos também a atenção para nossos interesses comuns e para os meios pelos quais as diferenças possam ser resolvidas. Se não pudermos, agora, pôr paradeiro a elas, poderemos, pelo menos, auxiliar a proporcionar segurança ao mundo — não obstante nossas dificuldades —, pois, em última análise, nosso elo comum e básico está em todos nós habitarmos este planeta. Respiramos todos o mesmo ar. Todos nós acarinhamos o futuro de nossos filhos. E todos nós somos mortais (...)”.
Contudo, em muitas ocasiões, alguns até desfazem de tamanho infortúnio anunciado. Ecologistas ainda são apelidados de “ecochatos”. Importuno, porém, será o quadro com o qual a Humanidade irá deparar-se.
Mas, voltando aos dias atuais, referindo-se às secas e aos dilúvios que se têm derramado sobre o Brasil, o presidente Lula, atento aos fatos, no seu programa matinal das segundas-feiras, “Café com o Presidente”, no dia 11 de maio corrente, assim se manifestou, respondendo a uma pergunta que lhe fez o repórter Luciano Seixas, da Radiobrás:
“Luciano, a avaliação é que alguma coisa está nos chamando a atenção para que a gente tome mais cuidado com o planeta Terra. As mudanças que estão acontecendo no mundo, aqui no Brasil nós as notamos também, quando faz muita seca no lugar onde não tinha seca, quando chove demais no lugar onde não chovia. É para chamar a atenção da gente de que algumas coisas estão mudando no mundo e que precisamos começar a olhar com muito mais atenção. Daí por que a nossa ida a Copenhague em dezembro deste ano para discutir a questão do clima é muito importante. E o Brasil vai jogar um peso muito grande na sua delegação”.
Que assim seja, pois nosso país tem muito a contribuir, desde o seu natural sentimento de Solidariedade.
José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
É diretor-presidente da Legião da Boa Vontade.paivanetto@uol.com.br — www.boavontade.com
terça-feira, maio 19, 2009
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